

Texto publicado em 14/02/2025
Não foi porque o Mark Zuckerberg decidiu interromper a checagem de fatos e alinhou-se ao trumpismo.
Remover a minha conta não causaria nenhum impacto na plataforma.
Também não foi por causa dos conteúdos médicos e sobre saúde mental que inundam o meu feed.
Se eles me incomodam, basta calibrar o algoritmo.
Eu saí do Instagram porque estava me fazendo mal.
Acho que todo mundo percebe como os algoritmos das redes sociais nos deixam cada vez mais compulsivos e alienados. Antes de sair do Instagram, vi vários posts com conteúdos do tipo “por que você não consegue parar de rolar o feed?” e até mesmo alguns que sugeriam uma “desintoxicação de dopamina”, seja lá o que isso signifique. E o mais irônico é que esses posts recorriam aos mesmos artifícios viciantes que criticavam: títulos chamativos, frases curtas e impactantes, promessas de solução rápida e o inevitável “curta e compartilhe”.
A decisão de sair não foi fácil. Antes disso, apaguei e reinstalei o app no celular diversas vezes.
Ainda não excluí minha conta definitivamente, porque gosto do meu álbum de fotos. Suspendi-a “temporariamente”. Vamos ver se um dia eu volto.
Meu problema com o uso exagerado do celular não se resolveu de uma hora para outra. Ainda é um desafio passar um tempo razoável sem checar o WhatsApp. Tem outros apps que eu abro várias vezes ao dia, quase sempre no automático, sem necessidade. Mas abandonar pelo menos um dos vícios já é um começo.
NEXUS MEDICINA E PSIQUIATRIA LTDA
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